O diário de: Zé Há Dias De Azar Silva
Sexta-feira, dia 13 de Janeiro de 2013:
- Querido diário, hoje foi mais um dia que se passou, um dia como outro qualquer. Mas comparado com outros, até devo dizer que foi um dia muito calmo; normalmente eles são assim – sou um afortunado devo dizer -, pronto, há sempre uma ou outra situação que aparece, umas mais engraçadas, outras mais invulgares e caricatas…mas já estou habituado, são acasos que podem acontecer a qualquer um. Coincidências da vida!
Olha, mais uma coincidência querido diário: neste momento a caneta está a falhar, está a ficar sem tinta. O que vale é que tenho aqui mais. Hum…não, parece que não. Agora que reparo não tenho mais canetas…mas tenho um lápis! Ah, tem o bico partido. Vou já afiá-lo. Parece que não tenho afia. Bem…uma faca resolve isto.
Já aqui estou novamente querido diário. Demorei mais um pouco porque tive de ir fazer um curativo ao dedo mindinho da mão esquerda – cortei-me com a faca enquanto afiava o lápis.
Nem te passa, querido diário, estive a ver o sorteio do Euromilhões ainda agora e adivinha lá…nunca tinha tido uma prestação tão boa: acertei num número e numa estrela!!! Acho que vou ganhar qualquer coisa…
Ao contrário dos outros dias, hoje estou um pouco mais preocupado. São onze horas da noite e a minha mulher ainda não chegou a casa. Será que foi raptada? É que o armário da roupa e igualmente a sapateira estão vazios! Assaltaram-me a casa, de certeza. Quero ligar para a polícia, mas não tenho telefone. Como já sabes querido diário, foi cortado – não paguei a factura. Também não tenho a culpa de estar desempregado! Também tenho o telemóvel, mas está sem bateria, e o carregador avariou. Também já pensei se ela não me terá deixado e abandonado - não gostei nada de a ter apanhado ontem toda nua na cama com o homem dos correios! Será que o seu desaparecimento terá alguma coisa a ver com isto querido diário? Não acredito, até porque o homem é casado e tem filhos! E a explicação dela foi bem verosímil e credível. Parece que o homem estava cansado e suado do trabalho, sim, porque temos que ver que entregar cartas de porta em porta é um trabalho árduo e bastante penoso. Foi uma atitude louvável da parte da minha mulher, deixar o senhor descansar um pouco e despir toda aquela roupa suada. Para além de que queria também experimentar o colchão – parece que a mulher dele gostava de ter um igual! E a roupa toda e os sapatos da minha mulher? Hum…devem estar na lavandaria a limpar, certamente…
Bem, mas hoje há uma excelente novidade: não parti nenhum espelho…foi o meu gato preto que o partiu há bocado, tinha acabado de o comprar. Vou apontar aqui na agenda: «comprar outro espelho».
E pronto, querido diário, como vês, hoje não se passou nada de especial. Agora vou tomar um banhinho de imersão, acender umas velas e ouvir um sonzinho “chill out” no meu rádio, e descontrair e relaxar, para depois ir para a caminha.
Já aqui estou na banheira. Infelizmente estou a tomar banho de água fria – o esquentador avariou-se.
Voltamos a falar amanhã, querido diário.
Agora estou a reparar, o rádio está mesmo à beirinha da prateleira e quase a cair para dentro da banheira…deve ter sido com as vibrações da música. Será que devo empurrá-lo mais para trás? Também era azar a mais o rádio cair agora na…
Sábado, dia 14 de Janeiro de 2013:
- Querido diário, infelizmente ontem os meus receios confirmaram-se e o rádio caiu mesmo dentro da banheira.
A partir de hoje vou começar a escrever-te aqui do inferno. Era para ter ido para o céu, mas parece que houve uma troca de papeis…
Isto até nem é tão mau, ou quente como dizem. Temos umas camaratas e todas as condições – até ar condicionado temos, bem…eu não tenho, o meu avariou-se ainda há pouco.
E pronto, hoje vou ficar por aqui…
P.S. Hoje é o meu primeiro dia e estou entusiasmadíssimo. Ainda há pouco esteve aqui o diabo e parece que vou ter uma surpresa logo ao jantar. Ele disse que ia ser um barbecue: ele dava a barba e eu dava o resto…não me lembro o quê, mas parece que é algo que rima com barbecue.
Moral da História: Vive cada dia como se fosse o último. Um dia vais acertar!
Sexta-feira, dia 13 de Janeiro de 2013:
- Querido diário, hoje foi mais um dia que se passou, um dia como outro qualquer. Mas comparado com outros, até devo dizer que foi um dia muito calmo; normalmente eles são assim – sou um afortunado devo dizer -, pronto, há sempre uma ou outra situação que aparece, umas mais engraçadas, outras mais invulgares e caricatas…mas já estou habituado, são acasos que podem acontecer a qualquer um. Coincidências da vida!
Olha, mais uma coincidência querido diário: neste momento a caneta está a falhar, está a ficar sem tinta. O que vale é que tenho aqui mais. Hum…não, parece que não. Agora que reparo não tenho mais canetas…mas tenho um lápis! Ah, tem o bico partido. Vou já afiá-lo. Parece que não tenho afia. Bem…uma faca resolve isto.
Já aqui estou novamente querido diário. Demorei mais um pouco porque tive de ir fazer um curativo ao dedo mindinho da mão esquerda – cortei-me com a faca enquanto afiava o lápis.
Nem te passa, querido diário, estive a ver o sorteio do Euromilhões ainda agora e adivinha lá…nunca tinha tido uma prestação tão boa: acertei num número e numa estrela!!! Acho que vou ganhar qualquer coisa…
Ao contrário dos outros dias, hoje estou um pouco mais preocupado. São onze horas da noite e a minha mulher ainda não chegou a casa. Será que foi raptada? É que o armário da roupa e igualmente a sapateira estão vazios! Assaltaram-me a casa, de certeza. Quero ligar para a polícia, mas não tenho telefone. Como já sabes querido diário, foi cortado – não paguei a factura. Também não tenho a culpa de estar desempregado! Também tenho o telemóvel, mas está sem bateria, e o carregador avariou. Também já pensei se ela não me terá deixado e abandonado - não gostei nada de a ter apanhado ontem toda nua na cama com o homem dos correios! Será que o seu desaparecimento terá alguma coisa a ver com isto querido diário? Não acredito, até porque o homem é casado e tem filhos! E a explicação dela foi bem verosímil e credível. Parece que o homem estava cansado e suado do trabalho, sim, porque temos que ver que entregar cartas de porta em porta é um trabalho árduo e bastante penoso. Foi uma atitude louvável da parte da minha mulher, deixar o senhor descansar um pouco e despir toda aquela roupa suada. Para além de que queria também experimentar o colchão – parece que a mulher dele gostava de ter um igual! E a roupa toda e os sapatos da minha mulher? Hum…devem estar na lavandaria a limpar, certamente…
Bem, mas hoje há uma excelente novidade: não parti nenhum espelho…foi o meu gato preto que o partiu há bocado, tinha acabado de o comprar. Vou apontar aqui na agenda: «comprar outro espelho».
E pronto, querido diário, como vês, hoje não se passou nada de especial. Agora vou tomar um banhinho de imersão, acender umas velas e ouvir um sonzinho “chill out” no meu rádio, e descontrair e relaxar, para depois ir para a caminha.
Já aqui estou na banheira. Infelizmente estou a tomar banho de água fria – o esquentador avariou-se.
Voltamos a falar amanhã, querido diário.
Agora estou a reparar, o rádio está mesmo à beirinha da prateleira e quase a cair para dentro da banheira…deve ter sido com as vibrações da música. Será que devo empurrá-lo mais para trás? Também era azar a mais o rádio cair agora na…
Sábado, dia 14 de Janeiro de 2013:
- Querido diário, infelizmente ontem os meus receios confirmaram-se e o rádio caiu mesmo dentro da banheira.
A partir de hoje vou começar a escrever-te aqui do inferno. Era para ter ido para o céu, mas parece que houve uma troca de papeis…
Isto até nem é tão mau, ou quente como dizem. Temos umas camaratas e todas as condições – até ar condicionado temos, bem…eu não tenho, o meu avariou-se ainda há pouco.
E pronto, hoje vou ficar por aqui…
P.S. Hoje é o meu primeiro dia e estou entusiasmadíssimo. Ainda há pouco esteve aqui o diabo e parece que vou ter uma surpresa logo ao jantar. Ele disse que ia ser um barbecue: ele dava a barba e eu dava o resto…não me lembro o quê, mas parece que é algo que rima com barbecue.
Moral da História: Vive cada dia como se fosse o último. Um dia vais acertar!