- Barbie Vanessa, não vás filha, por favor! Tem pena da tua mãezinha, que é pobrezinha e doentinha.
- Barbie Vanessa, por agora! Porque daqui a um ou dois anos já serei a Barbie Modelo, para depois fato de banho e vestido de noite.
Barbie era uma verdadeira boneca; corpo escultural, olhos grandes e azuis, face oval e uns ondulados e luzidios cabelos loiros. Era realmente muito bonita. Mas se a nível físico nada havia a apontar-lhe, já a nível psicológico, não era bem assim. Era uma rapariga muito instável, com uma alma vazia, a cabeça oca e personalidade de borracha.
- Não sei como tens coragem de abandonar a tua própria mãe…deixares-me aqui sozinha e abandonada, sem mais ninguém, nesta barraca toda podre e cheia de ratazanas.
- Mas é por uma boa causa mãe. Não te preocupes, eu sei que vou vingar no mundo da moda. E depois ficarei rica e mais tarde ou mais cedo vou voltar e tirar-te deste chabouco. Depois levo-te para bem longe daqui, mais propriamente para Malibu e então serei a Barbie Malibu.
- Mas e o que é que eu faço até lá? – perguntou a mãe inconsolável. – O que será de mim entretanto?
- Sei lá. Isso agora pouco me importa. São pormenores – disse com certo desprezo. – Pelo menos, comida não te falta! Vais comendo uma ratazana todos os dias e para não enjoares, vais variando nos acompanhamentos. Uns dias, acompanhas com batatas, outros, com um arrozinho, outros ainda, com massa, ou mesmo até com uma saladinha…vais ver, não tarda nada estou aí outra vez.
Sim, Barbie estava decidida a vingar no mundo da moda. Os seus objectivos seriam: primeiro, tirar um curso para modelos; depois, tornar-se numa Top Model reconhecida internacionalmente; viajar e conhecer o mundo; ficar super-hiper-mega rica; ser comida por um jogador de futebol Americano – ou quatro; ter um “affair” com o Cristiano Ronaldo e mais tarde com o Tiger Woods; fazer um fellatio ao presidente dos Estados Unidos da América e cantar-lhe o “happy birthday mr. President”. Mais tarde, abrir uma loja de roupa, tornar-se actriz e casar com um velho milionário, agarrado a uma bilha de oxigénio e a um tubo de soro. Para isso, tinha-se inscrito num curso de modelos que tinha visto na internet. Era um curso famosíssimo e já ia na sua segunda edição, tendo inclusive, sido responsável pela descoberta de actuais grandes modelos da nossa praça, tais como, alguns…”Quem quer ser a Gisele Bünchen?” era o nome do curso que só tinha um senão: era na longínqua China! Mais propriamente na cidade de Thai Nu Ku Xi.
Barbie sacou do seu porquinho mealheiro – fruto de uma vida adolescente de muita poupança, em que, tudo o que começou a ganhar muito cedo (tinha quinze anos. Mas apesar de tudo, ela ainda era virgem) no bar de alterne da sua aldeia, Stº António do Pau Grosso, ia para o dito porquinho – e dirigiu-se para o Aeroporto de Lisboa. Depois o avião fez escala na Turquia e por último no Paquistão, antes da derradeira viagem até à China.
- Senhores passageiros – ouviu-se no altifalante. – Neste momento estamos nos Himalaias e vamos começar a atravessar o Nepal. O país de Sidarta Gautama…Buda, prós amigos! Poderão ver também o monte Everest e mais à frente o Tibete, reino das Lamas, aquele bicho que parece um camelo…
- Não são esses Lamas, pah! – ouviu-se igualmente pelo altifalante. Era o co-piloto que corrigia o seu comandante. – É dos Dalai Lamas pah! O líder religioso…
De repente, todos no aparelho foram surpreendidos por um barulho ensurdecedor. Olharam pela janela e repararam aterrorizados numa enorme bola de fogo que deflagrava da turbina na asa esquerda do avião.
- Atenção, senhores passageiros, apertem os cintos e preparem-se para uma aterragem de emergência! – berrou o comandante. – Como já devem ter reparado, estamos a arder. Não sei se vamos conseguir ou não sobreviver da aterragem, mas há que ter esperança! Se sobrevivermos, também vos digo, o mais certo é sermos atacados e comidos pelas Lamas…mas repito, há que ter esperança!
(…)
Barbie abriu os olhos.
- Mas onde é que eu estou? – perguntou intrigada. – Mas que prisão é esta?
Num canto, no quarto, sentado numa cadeira e embrenhado na escuridão, um homem gordo e careca levantou-se de repente e respondeu-lhe. Tinha umas vestes esquisitas e compridas de cor-de-laranja.
- Estás no meu templo – disse.
Ela olhou assustada.
- Quem és tu? O que é que aconteceu?
- Eu sou o Buda e tu foste resgatada por mim de um avião em chamas – explicou. – Caiu aqui perto, na vasta floresta que rodeia este meu lugar sagrado. E eu salvei-te.
- Sim, agora estou a lembrar-me…e os outros?
- Não faço a mínima ideia. Devem ter morrido.
- Só me conseguiu salvar a mim?
- Não…só me interessou salvar-te a ti! Que eras toda boazona!
- O quê? – disse espantadíssima. – Eu quero sair daqui! Como é que eu saio daqui?
- Não sais! Tu estás numa masmorra e a esta parte do templo, só eu tenho acesso. Podes gritar à vontade, que ninguém te vai ouvir.
- Desculpe?
- Sim, és minha prisioneira. Mas não te preocupes, vou-te alimentar e cuidar de ti e ainda saltar-te prá cueca três vezes ao dia. Pronto, sabes como é que é, um homem tem necessidades e depois estou aqui sozinho há tanto tempo e gajas, nem vê-las!
- Não acredito, isto só pode ser um pesadelo! – Barbie estava completamente aterrorizada. – Mas o senhor é o Buda! É um homem santo, sei lá! Jurou abstinência!
- Absti quê?! Não, não sei o que isso é. Não, isso deve ser outro Buda, porque este é tarado sexual e quer-te comer! Até vai cheirar a borracha queimada!...literalmente…
- Nem penses, não me vais tocar!
- Agora já é tarde, minha amiga! Quando estavas inconsciente, já fiz questão de experimentar o material. E confirmou-se, cheiravas mesmo a borracha!
- Mas eu era virgem! Seu porco!
- Sim, dizes bem…eras! Mas, se te serve de consolo, eu quando me fartar de ti, deixo-te partir. Até vou levar-te ao aeroporto e tudo!
- O Ken vem-me salvar, de certeza!
- Ken? Isso soa-me a nome de maricas…já te comeu?
- Não…não, porque não pode; ele é assexuado.
- Maricas, portanto.
- Não! O Ken é muito homem...de borracha como eu, mas muito homem!
- Lá está...maricas! Mas pronto, não vamos falar mais sobre coisas tristes. Acredito que vais ser muito feliz aqui. Para além de um amante super sexualmente activo, serei teu professor e mestre e ensinar-te-ei todas as minhas filosofias; o meu estilo de vida "Zen" e os segredos da vida...
- E qual é o segredo da vida?
- Não posso dizer, é segredo!
Passaram-se dez anos. Barbie já não era a mesma boneca de corpinho bem feito e torneado e sedosos cabelos loiros. Agora estava gorda, feia, dez anos mais velha (a carreira de modelo era para esquecer) e ainda por cima grávida de cinco meses – era a deixa ideal para o Buda livrar-se dela.
O sonho dela tinha-se gorado e agora sozinha, sem dinheiro e com um filho nos braços…restava-lhe apenas voltar para a mãe. E será que a mãe a iria receber de braços abertos, depois de todos estes anos? Iria querer receber em casa uma filha que a tinha abandonado e que agora voltava sem dinheiro e com um filho na barriga? E a sua mãe, ainda estaria viva? E as ratazanas?
Buda deu-lhe uns trocos para o avião e ela lá resolveu voltar para Portugal. A prioridade agora, era ter aquele filho, cuidar dele e vê-lo crescer. Iria iniciar uma nova etapa na sua vida – a de ser mãe.
A sua progenitora, ao contrário de todas as expectativas, recebeu-a de braças abertos e algo emocionada, até pelo facto de saber que ia ser avó. Todos aqueles anos de clausura e tormento já tinham ficado para trás. Ela simplesmente ignorava aquelas recordações e pensamentos negativos…bem, quase todos, porque alguns…deixavam-lhe, mesmo, um sorriso no rosto. Ela, agora, era uma pessoa diferente e prestes a ser mãe – o bebé, ela já sabia, ia nascer uma menina. Agora iria ser a Barbie Mamã.
Os anos passaram-se e a pequena barbie jr. foi crescendo feliz e saudável. E quando atingiu a maioridade, também ela resolveu seguir as pisadas da sua mãe e tentar a sua sorte no mundo artístico. Com o apoio incondicional da mãe, decidiu partir, mas contrário desta que queria ser modelo, Barbie filha, decidiu que queria vingar no mundo circense.
Hoje em dia, é uma mulher bastante famosa no mundo do circo e provavelmente todas as pessoas do mundo já ouviram falar dela. Agora já ninguém a conhece por Barbie, tendo adoptado um nome artístico – em homenagem aos seus pais, a Barbie e o Buda – a mulher “Barbuda”.
Moral da História: Não faças planos para o futuro. Vive um dia de cada vez. Se os fizeres e eles saírem gorados, não te queixes! Lembra-te da perfeição da mãe natureza e dos passarinhos que nos cagam na cabeça…agora imagina que as vacas tinham asas?!
- Barbie Vanessa, por agora! Porque daqui a um ou dois anos já serei a Barbie Modelo, para depois fato de banho e vestido de noite.
Barbie era uma verdadeira boneca; corpo escultural, olhos grandes e azuis, face oval e uns ondulados e luzidios cabelos loiros. Era realmente muito bonita. Mas se a nível físico nada havia a apontar-lhe, já a nível psicológico, não era bem assim. Era uma rapariga muito instável, com uma alma vazia, a cabeça oca e personalidade de borracha.
- Não sei como tens coragem de abandonar a tua própria mãe…deixares-me aqui sozinha e abandonada, sem mais ninguém, nesta barraca toda podre e cheia de ratazanas.
- Mas é por uma boa causa mãe. Não te preocupes, eu sei que vou vingar no mundo da moda. E depois ficarei rica e mais tarde ou mais cedo vou voltar e tirar-te deste chabouco. Depois levo-te para bem longe daqui, mais propriamente para Malibu e então serei a Barbie Malibu.
- Mas e o que é que eu faço até lá? – perguntou a mãe inconsolável. – O que será de mim entretanto?
- Sei lá. Isso agora pouco me importa. São pormenores – disse com certo desprezo. – Pelo menos, comida não te falta! Vais comendo uma ratazana todos os dias e para não enjoares, vais variando nos acompanhamentos. Uns dias, acompanhas com batatas, outros, com um arrozinho, outros ainda, com massa, ou mesmo até com uma saladinha…vais ver, não tarda nada estou aí outra vez.
Sim, Barbie estava decidida a vingar no mundo da moda. Os seus objectivos seriam: primeiro, tirar um curso para modelos; depois, tornar-se numa Top Model reconhecida internacionalmente; viajar e conhecer o mundo; ficar super-hiper-mega rica; ser comida por um jogador de futebol Americano – ou quatro; ter um “affair” com o Cristiano Ronaldo e mais tarde com o Tiger Woods; fazer um fellatio ao presidente dos Estados Unidos da América e cantar-lhe o “happy birthday mr. President”. Mais tarde, abrir uma loja de roupa, tornar-se actriz e casar com um velho milionário, agarrado a uma bilha de oxigénio e a um tubo de soro. Para isso, tinha-se inscrito num curso de modelos que tinha visto na internet. Era um curso famosíssimo e já ia na sua segunda edição, tendo inclusive, sido responsável pela descoberta de actuais grandes modelos da nossa praça, tais como, alguns…”Quem quer ser a Gisele Bünchen?” era o nome do curso que só tinha um senão: era na longínqua China! Mais propriamente na cidade de Thai Nu Ku Xi.
Barbie sacou do seu porquinho mealheiro – fruto de uma vida adolescente de muita poupança, em que, tudo o que começou a ganhar muito cedo (tinha quinze anos. Mas apesar de tudo, ela ainda era virgem) no bar de alterne da sua aldeia, Stº António do Pau Grosso, ia para o dito porquinho – e dirigiu-se para o Aeroporto de Lisboa. Depois o avião fez escala na Turquia e por último no Paquistão, antes da derradeira viagem até à China.
- Senhores passageiros – ouviu-se no altifalante. – Neste momento estamos nos Himalaias e vamos começar a atravessar o Nepal. O país de Sidarta Gautama…Buda, prós amigos! Poderão ver também o monte Everest e mais à frente o Tibete, reino das Lamas, aquele bicho que parece um camelo…
- Não são esses Lamas, pah! – ouviu-se igualmente pelo altifalante. Era o co-piloto que corrigia o seu comandante. – É dos Dalai Lamas pah! O líder religioso…
De repente, todos no aparelho foram surpreendidos por um barulho ensurdecedor. Olharam pela janela e repararam aterrorizados numa enorme bola de fogo que deflagrava da turbina na asa esquerda do avião.
- Atenção, senhores passageiros, apertem os cintos e preparem-se para uma aterragem de emergência! – berrou o comandante. – Como já devem ter reparado, estamos a arder. Não sei se vamos conseguir ou não sobreviver da aterragem, mas há que ter esperança! Se sobrevivermos, também vos digo, o mais certo é sermos atacados e comidos pelas Lamas…mas repito, há que ter esperança!
(…)
Barbie abriu os olhos.
- Mas onde é que eu estou? – perguntou intrigada. – Mas que prisão é esta?
Num canto, no quarto, sentado numa cadeira e embrenhado na escuridão, um homem gordo e careca levantou-se de repente e respondeu-lhe. Tinha umas vestes esquisitas e compridas de cor-de-laranja.
- Estás no meu templo – disse.
Ela olhou assustada.
- Quem és tu? O que é que aconteceu?
- Eu sou o Buda e tu foste resgatada por mim de um avião em chamas – explicou. – Caiu aqui perto, na vasta floresta que rodeia este meu lugar sagrado. E eu salvei-te.
- Sim, agora estou a lembrar-me…e os outros?
- Não faço a mínima ideia. Devem ter morrido.
- Só me conseguiu salvar a mim?
- Não…só me interessou salvar-te a ti! Que eras toda boazona!
- O quê? – disse espantadíssima. – Eu quero sair daqui! Como é que eu saio daqui?
- Não sais! Tu estás numa masmorra e a esta parte do templo, só eu tenho acesso. Podes gritar à vontade, que ninguém te vai ouvir.
- Desculpe?
- Sim, és minha prisioneira. Mas não te preocupes, vou-te alimentar e cuidar de ti e ainda saltar-te prá cueca três vezes ao dia. Pronto, sabes como é que é, um homem tem necessidades e depois estou aqui sozinho há tanto tempo e gajas, nem vê-las!
- Não acredito, isto só pode ser um pesadelo! – Barbie estava completamente aterrorizada. – Mas o senhor é o Buda! É um homem santo, sei lá! Jurou abstinência!
- Absti quê?! Não, não sei o que isso é. Não, isso deve ser outro Buda, porque este é tarado sexual e quer-te comer! Até vai cheirar a borracha queimada!...literalmente…
- Nem penses, não me vais tocar!
- Agora já é tarde, minha amiga! Quando estavas inconsciente, já fiz questão de experimentar o material. E confirmou-se, cheiravas mesmo a borracha!
- Mas eu era virgem! Seu porco!
- Sim, dizes bem…eras! Mas, se te serve de consolo, eu quando me fartar de ti, deixo-te partir. Até vou levar-te ao aeroporto e tudo!
- O Ken vem-me salvar, de certeza!
- Ken? Isso soa-me a nome de maricas…já te comeu?
- Não…não, porque não pode; ele é assexuado.
- Maricas, portanto.
- Não! O Ken é muito homem...de borracha como eu, mas muito homem!
- Lá está...maricas! Mas pronto, não vamos falar mais sobre coisas tristes. Acredito que vais ser muito feliz aqui. Para além de um amante super sexualmente activo, serei teu professor e mestre e ensinar-te-ei todas as minhas filosofias; o meu estilo de vida "Zen" e os segredos da vida...
- E qual é o segredo da vida?
- Não posso dizer, é segredo!
Passaram-se dez anos. Barbie já não era a mesma boneca de corpinho bem feito e torneado e sedosos cabelos loiros. Agora estava gorda, feia, dez anos mais velha (a carreira de modelo era para esquecer) e ainda por cima grávida de cinco meses – era a deixa ideal para o Buda livrar-se dela.
O sonho dela tinha-se gorado e agora sozinha, sem dinheiro e com um filho nos braços…restava-lhe apenas voltar para a mãe. E será que a mãe a iria receber de braços abertos, depois de todos estes anos? Iria querer receber em casa uma filha que a tinha abandonado e que agora voltava sem dinheiro e com um filho na barriga? E a sua mãe, ainda estaria viva? E as ratazanas?
Buda deu-lhe uns trocos para o avião e ela lá resolveu voltar para Portugal. A prioridade agora, era ter aquele filho, cuidar dele e vê-lo crescer. Iria iniciar uma nova etapa na sua vida – a de ser mãe.
A sua progenitora, ao contrário de todas as expectativas, recebeu-a de braças abertos e algo emocionada, até pelo facto de saber que ia ser avó. Todos aqueles anos de clausura e tormento já tinham ficado para trás. Ela simplesmente ignorava aquelas recordações e pensamentos negativos…bem, quase todos, porque alguns…deixavam-lhe, mesmo, um sorriso no rosto. Ela, agora, era uma pessoa diferente e prestes a ser mãe – o bebé, ela já sabia, ia nascer uma menina. Agora iria ser a Barbie Mamã.
Os anos passaram-se e a pequena barbie jr. foi crescendo feliz e saudável. E quando atingiu a maioridade, também ela resolveu seguir as pisadas da sua mãe e tentar a sua sorte no mundo artístico. Com o apoio incondicional da mãe, decidiu partir, mas contrário desta que queria ser modelo, Barbie filha, decidiu que queria vingar no mundo circense.
Hoje em dia, é uma mulher bastante famosa no mundo do circo e provavelmente todas as pessoas do mundo já ouviram falar dela. Agora já ninguém a conhece por Barbie, tendo adoptado um nome artístico – em homenagem aos seus pais, a Barbie e o Buda – a mulher “Barbuda”.
Moral da História: Não faças planos para o futuro. Vive um dia de cada vez. Se os fizeres e eles saírem gorados, não te queixes! Lembra-te da perfeição da mãe natureza e dos passarinhos que nos cagam na cabeça…agora imagina que as vacas tinham asas?!